sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Eu sei, mas não deveria.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colassanti

terça-feira, 13 de outubro de 2009

BOM DIA


Como querer ser tudo pra alguém se tenho que se contentar com pedaços de relacionamento?

eu gostaria de dizer bom dia todas as manhãs, mas acordo e do meu lado um travesseiro mudo fala sem palavras que meu dia começa e que eu não posso mais ficar com ele nem se quer um minuto.

Talvez minha sina seja ficar na lembrança de muitos talvez como um detalhe num canto escuro, ou como a única forma de luz a enxergar quando tudo estiver escuro.

Mas presente, ao lado, no aconchego, no prazer do bom dia não mais terei essa oportunidade a não ser que o curso do rio da minha vida mude indo de encontro não a outra multidão como o mar, mais até a minha lagoa de agua que nunca seca, que refresca o dia mais quente que possa vir ou o mais frio, mas sempre vai estar lá pra eu dizer bom dia! e mergulhar no meu banho matinal.
(aluizio L. Lopes)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

When Doves Cry - Damien Rice

Cave se você quiser a foto
De nós dois engajados em um beijo
O suor de seu corpo me cobre
Você consegue, querida, consegue imaginar isso?

Sonhe se você conseguir com um pátio
Um oceano de violetas florescendo
Animais fazem poses curiosas
Eles sentem o calor, o calor entre nós dois


Toque se você quiser minha barriga
Sinta como ela treme por dentro
Você não sente mais frio na barriga
Não me faça te perseguir, até pombas têm orgulho


Como você pode me deixar aqui?
Sozinho em um mundo tão frio
Talvez eu seja exigente demais
Talvez eu seja como meu pai, destemido demais
Talvez você seja como minha mãe
Ela nunca está satisfeita, nunca está satisfeita
Por que gritamos um com o outro?
É este o som que se ouve quando as pombas choram

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Confuso

"Já não tenho escolha, eu participo do seu jogo!"

(Capital inicial - fogo)


Organizar a mente de um homem que não sabe por onde começar é uma tarefa complicada. Alguém que sempre teve tudo sob controle sabe que a simultaniedade dos acontecimentos o deixam vulnerável. Pior de tudo é que agora essa pessoa ama alguém, o que o deixa completamente desesperado, porque ele não sabe até quando vai poder desfrutar da compreensão desse alguém. Nesse momento uma angustia bate a porta do coração, afinal como alguém pode viver tendo medo de perder alguém e sem poder ficar com essa pessoa por motivos óbvios mais muito muito fúteis. Há um limite pra tudo, não se sabe se essa pessoa está sendo egoísta ou covarde, ou quem sabe se essa pessoa pode resolver alguma coisa, mais a certeza que ele tem é a certeza que no coração existe um amor tão forte que o impede de pensar em uma coisa por vez e que o faz ter certeza de que não dá pra aguentar muito tempo longe, mas não dá pra ficar para sempre junto sem abrir mão de muita coisa. Sua esperança é que nessas circunstância o coração ache uma saída, e quem sabe faça o papel de balança e veja qual dos dois lados vai pesar mais no futuro. quem sabe um pouco de tempo não exagerado mais sem data marcada possa dar essa resposta.


(Aluizio L. Lopes)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Eu e meu brother nas minhas melhores ferias.
Amigos inseparáveis e absurdos.
(letra: Manoel e Luizinho)
(Musica: manoel e Luizinho)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tive Razão - Seu Jorge

"Mas eu vou curtir a vida eu vou zoar, o clima e de partida, vou dar sequencia na minha vida..."
(Seu Jorge - musica: Tive Razão)

Pode ser que seja dessa vez, ou pode ser que seja de outra, mais uma coisa que não gostaria de sentir é a sensação de ser o segundo. Chega de aceitar simplesmente tudo e de dizer que não foi nada e que estou de boa, quando na verdade tudo que eu queria era um pouco de noção.
Não posso esperar do outro o perfeito encaixe nas lacunas existentes, ou ações que saiam de acordo com o que eu espero, mas, não sou eu quem deve ensinar essas coisas, apenas me comprometo com a cumplicidade mesmo quando ela me falta pela segunda pessoa, e isso é o mínimo que eu posso esperar mesmo com as falhas. Chega de ceder ao próximo todas as vezes quando isso coloca de lado meus objetivos, como diz a música " vou dar sequência na minha vida", coisa que ninguém pode fazer por mim senão eu.
Portanto mesmo que o amor seja o maior possível, não posso deixar que por causa dele, meus olhos ceguem e desviem seu foco da minha realização nas outras áreas da vida, não se vive só de amor e compreensão, mais de ação também. O que posso fazer se foi isso que aprendi com os outros casos. existe algo dentro da gente que tenta alertar, mas nós, estando surdos e cegos por sentimentos exagerados, não ouvimos e descobrimos mais tarde e bem mais tarde, que fomos frustrados por falta de compromisso com nós mesmos, quando tentava-mos evitar as frustrações do outro.

"... mais de bobeira é que eu não estou e você sabe como é que é, eu vou! mais vou querer voltar quando "você quiser..." "
(Seu Jorge - música: Tive Razão)



(Aluizio L. Lopes)




terça-feira, 28 de julho de 2009

Etapas

Não sei se acontece com todas as pessoas as mesmas cosas que me aconteceram, nem sei se todas as pessoas aprenderam a ver a vida e seus picos e vales por todos os ângulos, afinal isso é uma coisa, n/ao impossível, mas pouco possível para a maioria das pessoas.
O que posso dizer é que pude aprender algumas coisas que me são muito úteis, mas que só estiveram ao meu alcance depôs que assei por algumas etapas da vida.
Por ex.:
Aprendi que não se pode alimentar expectativas absurdas sobe planos que ainda nem sabemos como executar.
Entendi que não se pode ser amigo de mais nem de menos mais o importante é ser amigo de verdade, e tudo isso porque não sabemos se do fundo do coração a recíproca é verdadeira, por mais que queiramos.
“Descobri que ser verdadeiro em “tudo que se é possível ser” traz suas recompensas, “ mais cedo ou mais tarde”.
Também aprendi que quando somos criticados, somos também percebidos e essa é uma chance de mostrar quem somos afinal ninguém atira uma pedra numa arvore que não dá frutos, e essa visa é que devemos ter se quiser-mos transformar as criticas em algo construtivo.
Então o que quero dizer é que as etapas da vida nos põem a prova, como o ourives põe o ouro com a finalidade de torná-lo não só mais bonito e brilhante, mais também muito mais valioso, e por isso o importante não é quantos anos nos temos, pois a idade não significa sabedoria, mas sim o quanto aprendemos com os picos e os vales de nossa trajetória de vida.

( Para minha amiga rosangela cunha.)
( Aluizio L. Lopes)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Loucura só eu que sei.

Dos melhores dias aos piores, sempre busquei aquilo que era verdadeiro, que era muitas vezes intrigante mas que me oferecia a oportunidade de descobrir coisas novas. Procurei no escuro um vestígio de luz que pudesse iluminar um pedacinho do meu coração porque ele tinha se tornado uma pedra, mais uma pedra reluzente que com certeza reflectiria essa luz e transformaria esse ambiente escuro em transparêntes paredes feitas com sangue petrificado pelo tempo e pela prova. Eu sabia que mesmo nesse solo duro, e pedregoso, poderia nascer um broto de loucura que mais tarde se tornaria amor (já que o amor é basicamente um misto de loucura com alegria seguida de um leve toque de sanidade!) quando tocado por alguém que importasse de verdade.
A agonia de não se ter alguém para encostar a cabeça e falar ou até mesmo calar pois a outra pessoa agora é uma só e portanto entendo nosso coração, é com certeza um sentimento que não quero sentir, mesmo com todo e qualquer defeito que possa existir em você, porque tornaste meu coração um lugar iluminado por alegrias incessantes, e por sentimentos de tranquilidade e satisfação, porque com você não quero simplesmente encostar a cabeça no ombro quando o dor vier, mas quero com partilhar com você o resultado da loucura que brotou desse coração de pedra, quando seu amor regou e sua luz aqueceu tornando a loucura, talvez o único resquício de sanidade em mim.

(Aluizio L. Lopes)
(para você!)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vida sob controle


Você pode passar horas se organizando, você pode passar horas planejando como deve ser, e passar dias, meses, anos e quem sabe até sua vida inteira na busca de controle sobre o rumo dos acontecimentos. Esses anseios, essas expectativas alimentadas sobre as coisas, são, como sombras, arestas que rodeiam as perspectivas reais, são como progeções distantes da realidade.

A preocupação com as ações deveriam ser também a mesma que seria necessária às consequencias, o desejo colocado nos sonhos deve ser o mesmo empreendido nas realizações.
o gozado disso tudo é que a vida não segue nossos planos, talvez uma ou outra coisa sai como imaginamos, mais sua totalidade nos revela que a vida não foi algo progetado por nós e sim, doado, nos limitando, e nos tornando portanto meros espectadores. Mas embora não possamos realizar nossos planos de vida ao pé da letra, podemos por neles o nosso máximo, o nosso desejo mais forte e tornar positivos os resultados de nossas ações.
A vida nos pega pelas mãos, mais deixa nossas pernas livres pois é com elas que andamos na direção certa.
(Aluizio L. Lopes)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Não podemos viver acima das nuvens, não podemos viver alem da imaginação, não podemos viver dentro dos sonhos, não podemos viver fora da realidade, simplesmente não podemos... não podemos sair de nós e enfrentar coisas alem do que vemos, não podemos ser nós mesmos porque nos matariam, não podemos... não podemos viver.
Mas podemos acreditar!"
(Aluizio L. Lopes)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Picos e Vales


Meu primeiro semestre de faculdade, foi algo inexplicável, tudo era novo, tudo era atraente e encantava-me ao assistir aquelas aulas fantásticas com temas curiosos, que davam agua na boca só de pensar. Numa aula de economia eu observei por exemplo que os gráficos tem muito a nos ensinar, pode parecer meio estranho mais veja por este lado, num gráfico temos a representação de uma certo período de tempo utilizando-se de duas retas, que são as retas X e Y.
Na reta X temos geralmente o esboço de quantidade ou de tempo.
Na reta a Y temos presentações de intensidades, que podem variar de significado no decorrer do tempo representado pela reta X.
Numa representação gráfica podemos observar os pontos demarcados no decorrer do espaço a direita da reta Y, não esqueça que esses pontos significam as informações cruciais para o entendimento do gráfico, e se traçar-mos uma linha ligando todos esses pontos seguindo sua ordem cronológica teremos então picos, que são os pontos mais altos, e teremos vales, que são os pontos mais baixos de nosso gráfico.
Então com todas essas informações obtemos de maneira visual uma noção de como reagiu determinado processo no tempo esboçado no gráfico, e teremos então os melhores momentos, os picos, e os piores momentos que são os vales.
Agora veja a intenção dessa analise, e veja como um gráfico simples poderia lhe dar óptimas sugestões.
Tente fazer um gráfico de sua vida, não precisa ser de toda ela, basta que você mentalize um período, trace duas rectas uma na vertical e uma na horizontal, agora coloque na horizontal um esboço do tempo que pretende analisar, e na recta vertical estipule uma nota que você daria daria para os acontecimentos desse período.
Depois disso ligue os pontos e veja que altos e baixos você encontrou e descubra os motivos que os causaram.
Reflita e descubra o que pode ser mudado assim você poderá consertar quem sabe até antigos erros ou descobrir um pouco mais sobre você.


(Aluizio L. Lopes)

domingo, 28 de junho de 2009

Chega de viver assim...

Olhar pros lados e ver que estamos sós é estranho, olhar pra os lados e perceber que o que nos separa é muito mais que a distancia, é, absolutamente incompreensível.
Porque pessoas tentam cada dia criar situações que às afastam cada vez mais, quando tudo que precisam é simplesmente viver sem magoa, sem receio.
Chega de viver assim, você é meu amor, e eu posso ser o seu também.
Porque o amor é traiçoeiro, chega consome e não deixa duvidas que é por inteiro.
(Aluizio L. Lopes)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Razões


Vivemos a procura de razões todos os dias.

Razões para explicar talvez coisas que ainda não sabemos o que são. Motivos pra dar um entendimento razoável às coisas e nos fazer engoli-las, talvez aceita-las.
Acho que a razão por que escrevo é para superar a imensa vontade de estar, e conversar com alguém. As vezes escrevo porque gostaria que alguém pudesse compartilhar comigo as emoções que ficam marcadas naqueles actos que pratico enquanto ninguém esta olhando, mas, eu gostaria de ter alguém por perto nessas horas.
As razões pelas quais fazemos as coisas tem suas próprias razões. Mas como?
A razão pela qual a razão existe é fazer ficar explicito o esclarecimento de algo.
Complicado!
Só que com o tempo aprendemos que não podemos entender as razões de todas as coisas, porque essas coisas são resultado de outras razões, as vezes simultâneas, e cujas fontes são meio difíceis de encontrar.
Se você perceber, é muito complicado a plena compreensão desse universo do caos.
portanto pra que as coisas não se tornem mais difíceis, deixemos de nos importar com razões fúteis, que não vão mudar os resultados dos acontecimentos.
Viu, essa é uma boa razão para essa afirmativa.
viva descomplicadamente!

(Aluizio L. Lopes)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Percebi

Num dia estranho percebi que, não poderia viver sob títulos ou imagens postiças.
Percebi que não poderia viver sem a emoção, sem o frio no estômago, sem a adrenalina e sem o pestanejar da incerteza, do risco e do medo.
Percebi que não poderia viver sem arriscar, não coisas banais ou triviais mas do coração, da alma, que são elas que dão a sensação de frio na barriga e têm a força capaz de arrancar o próprio chão deixando-nos suspensos no ar, flutuantes.
Percebi que não poderia viver sem aquele rosto, que vi numa certa noite e que ficou marcado na memoria, que por algum motivo não explicado até agora, me fez sentir tudo o que falei agora.
percebi que fui pego por algo fora do controle, fora da realidade, fora de mim, mas que se tornou parte da minha vida a partir do momento em que seus lábios tocaram os meus.
Entendi que finalmente seu amor foi a chave que me fez perceber que não vivo sem você!
(Aluizio de L. Lopes)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Poesia - A verdade

A porta da verdade estava aberta,
Ma só deixava passar
Meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
Voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não se coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E caricia optar. cada um optou conforme
Seu capricho, sua ilusão, sua miopia.


(Carlos Drummot de Andrade)


terça-feira, 9 de junho de 2009

Pense...

"Mesmo depois de perder tudo o que é mais caro a você...Mesmo depois da exaustão total da sua mente e do seu corpo...Se, mesmo depois de tudo isso, você ainda tiver algo que não consegue abandonar, então essa é a sua verdade, que ninguém pode tirar de você..." (Rurouni Kenshin)

domingo, 7 de junho de 2009

A ESCOLHA É SUA


Uma coisa interessante sobre o termo “escolha” é que desde os primórdios da existência do homem, foi instituído por Deus a liberdades de escolha, o homem poderia ter essa autonomia e isso serviria como artifício de controle sobre seu próprio destino, tendo em vista que são basicamente elas, as escolhas, que definem as situações futuras.

Certo, mas não podemos esquecer que o nosso leque de possibilidades também depende das escolhas dos outros, do próximo, dos que cercam o nosso cotidiano e até os que ainda não conhecemos. Isso quer dizer que esse livre arbítrio nem sempre torna possível ao homem a ação de escolha, mas o deixa por vezes sujeito a ausência de alternativas.

Por exemplo, não podemos escolher onde nasceremos, ou os pais e nomes que teremos, ou nossa data de nascimento, para muitas crianças seria muito bom nascer no dia 12 de outubro ou quem sabe no dia 25 de dezembro, mas, essa capacidade de escolha não temos. Depois disso somos ainda incapazes de conduzir nossas vidas até os 18 anos, que é quando atingimos a maior idade, e até lá somos sujeitos a situações como, boa ou má educação, situação financeira, bons ou maus colégios, amigos, brinquedos, não somos, portanto formadores de opinião.

Esse conjunto de coisas pode refletir positivamente ou não, porque é essa fase, onde não podemos tomar decisões definitivas, que nos prepara para realizar nossos projetos de vida. Até a maior idade, somos preparados ou despreparados para tal responsabilidade, depois disso podemos decidir se escolhemos se conseguiremos um emprego, seremos independentes, onde iremos morar trabalhar, ou se iremos ou não casar e constituir família; sim porque as decisões agora abrangem todas as áreas de nossas vidas seja ela social profissional ou emocional.

Só que mais uma vez somos pegos por enlaces da nossa própria deficiência de autonomia, porque existem coisas que não dependem mais de nós, mas dependem de todo o enredo que permeou os nossos primeiros anos de vida mais uma vez são as escolhas dos outros que decidem o que somos e nos colocam se possibilidades de mudança. Por exemplo, o jovem revoltado pela educação rude oferecida pelos pais, ou a indecisão quanto ao gênero do futuro parceiro provocado pela ausência do pai como figura masculina, ou até jovens sem perspectiva de vida porque nasceram num lugar de condições financeiras e psicológicas desfavoráveis.

São nuances que nos forçam a pensar na pergunta: TEMOS REALMENTE ESCOLHA? Ou seremos apenas reflexos das escolhas de outros?

Em fim, eu acredito que se refletirmos sobre isso, sobre nos e formarmos uma opinião positiva, retirando o que houve de melhor em cada experiência, poderemos mudar o futuro a nosso favor e mudar também o futuro de nossos sucessores na cadeia social.

Mas a escolha...

É SUA!

(Aluizio L. Lopes)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O que significa LIBERDADE?


Alguém me disse: "Liberdade é algo que ninguém sabe explicar, porem todos sabem o que é."
Eu penso que liberdades [e algo que transcende o nosso entendimento e a nossa capacidade de tê-la, afinal quem pode dizer que a possui plenamente!
Se dizemos:
"Vivemos em um pais livre e democrático"

porque então somos submetidos a decisões politicas que independem de nós e chegam a ser por vezes até coercitivas!
Se dizemos:
"Temos uma sociedade livre"

porque somos presos a preconceitos cada vez mais explícitos que não os acrescentam como seres humanos, mas nos forçam a admitir uma natureza ignorante como a de nossos ancestrais mais primitivos!
E quando gritamos:
"Liberdade de expressão!"

porque continuamos omitindo e mentindo coisas ao nosso próximo, só para manter-mos as aparências, e sufocamos nossos sentimentos e nos tornamos escravos das convenções sociais!
Talvez não possamos chegar a uma explicação sensata do termo "LIBERDADE", mas, acredito que quando for-mos capazes de dizer, "EU NÃO SOU PRECONCEITUOSO", ou "EU FALO O QUE PENSO E ACEITO AS OPINIÕES", e dizer principalmente: " NÃO SOU ESCRAVO DOS VÍCIOS, DA MENTIRA, DA INVEJA, DA IGNORÂNCIA, DA FALTA DE AMOR E TAMBÉM DO EXCESSO DELE" Seremos capazes também de dizer:
EU SOU LIVRE!
(Aluizio L. Lopes)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Musica

Música, um jeito de dizer coisas que pessoalmente não teria-mos coragem, ou talvez um jeito covarde de expressar o amor. Mas musica sempre será um jeito romântico de e eterno quem sabe, de dizer EU TE AMO!

Those Sweet Words (tradução)
Norah Jones

Composição: Lee Alexander - Richard Julian


O que você disse? Sei que vi você cantando Mas meus ouvidos não pararão de aclamar Tempo o bastante até ouvir aquelas doces palavras O que você disse? Fim do dia, o ponteiro das horas girou Mas antes que a noite se acabe Eu só tenho que ouvir aquelas doces palavras Faladas como uma melodia Todo o seu amor é um balão perdido Que vai subindo durante a tarde Até caber na cabeça de uma agulha Entre Você teve dificuldade em dormir Pois a lua pesada estava me mantendo acordada E tudo o que sei é que estou feliz em vê-lo outra vez Veja, meu amor é como um balão perdido Que vai subindo durante a tarde E então você apareceu O que você disse? Eu sei o que você estava cantando Mas meus ouvidos não pararão de aclamar Tempo o bastante até ouvir aquelas doces palavras E a sua melodia simples Eu só tenho que ouvir aquelas doces palavras Faladas como uma melodia Eu só quero ouvir aquelas doces palavras.